Monica Rafaella Silva Araujo
Alunos do 1º Período de Ciências Sociais da UFRPE
A tecnologia em si traz desenvolvimento em termos gerais, além de proporcionar comodidade para os seus utilizadores. Dentro dessa lógica pode-se acreditar que apenas benefícios serão trazidos com a importação da tecnologia para dentro de certos grupos sociais, assim como, comunidades indígenas. Mas esse princípio afirmativo não raras vezes é bem distinto do proposto.
Dentro de toda uma esfera onde as trocas de informações culturais se dão de forma tão intensa e ao mesmo tempo rápida, a idéia de negação de uma identidade pode surgir justamente nesse encontro entre novas formas de organizações que lhe é apresentado e a sua velha organização a qual se está habituada. Portanto, deve-se buscar cautela com o elemento pretendido a ser mostrado, pois uma vez lançado, este pode trazer conseqüências irreversíveis para o núcleo de uma comunidade.
Os padrões cultivados por uma determinada camada social, se apresentado como forma superior aos valores de uma determinada comunidade, pode desencadear um conflito ideológico no ethos da comunidade, fazendo-a reprodutora de idéias alheias a sua essência. Na tangente da disseminação de informações tendo a tecnologia como o seu meio de transmissão de idéias, é de interesse sociocultural se abordar um discussão relacionada aos propósitos das várias formas tecnológicas, tal interesse deve buscar em seu contexto enquadrar as comunidade indígenas não apenas como reprodutoras de idéias, mas sim, como mecanismos de defesa de uma comunidade a fim de lhe resguardar toda a sua identidade e forma de organização social